“Sem o homem o vinho não existiria, somente as uvas e suas sementes, que a videira espalha afim de continuar a sua espécie…”
Hora de aprender como é feita a vinificação…
Quando as uvas tiverem alcançado a sua “maturidade ideal” são colhidas manualmente ou mecanicamente, para seguirem o destino de suas vidas (pelo menos para nós), ou seja, se transformar em um vinho maravilhoso. 🙂
É o tempo da colheita, e o seu período depende do tipo da uva, do clima, do território onde a videira cresce, e também da forma como o vinho deve ser produzido.
Dentro da polpa da uva se encontram: os açúcares, os ácidos, água e os sais minerais, e tantas outras substâncias necessárias para produzir o vinho, já na casca podemos encontrar a coloração, antocianinas, polifenóis e antioxidantes.
Se desejar se manter sempre belo(a) e jovem é só comer muita casca de uva! 🙂
Quando os cachos de uva chegam à cantina o primeiro passo a retirar as uvas dos cachos (“desengace”), a parte de madeira (seus ramos) que os une e é rica em taninos. Em seguida acontece a prensagem das uvas, que consiste em pressionar a polpa da uva delicadamente de modo a extrair o sumo rico em açúcar e essências. Há um tempo atrás as uvas eram colocadas em tinas e prensadas com os pés, o que garantia também uma prensa muito delicada.
Hoje existem máquinas que executam simultaneamente a remoção dos cachos e a prensagem de uma forma muito delicada.
Agora o nosso belo suco de uvas chamado “mosto” deve fermentar, então adicionamos as leveduras que irão “comer” os açúcares, transformando em álcool. Antes de continuar com a fermentação, temos que decidir qual vinho queremos produzir: branco, tinto ou rosé?
Partindo do pressuposto que as polpas de todos os tipos de uva são incolores, neste caso já sabemos que a cor vem da casca que pode variar de verde, amarelo, dourada, rosada, rubra, azulada ou até preta.
A vinificação do vinho branco consiste na possibilidade de ter um vinho branco a partir de uvas vermelhas: neste caso, a prensagem da polpa será muito suave, de modo a extrair apenas os aromas e o suco incolor. Por outro lado, é impossível fazer vinho tinto somente de uvas brancas, já que nas suas cascas não possuem a pigmentação necessária para dar a coloração a um vinho tinto.
E é exatamente o contato das cascas com o mosto que produzem a vinificação do vinho tinto, e é a quantidade de tempo que acontece esse contato, que faz com que se produzam vinhos com características diversas. Fazendo uma comparação é como preparar um chá, quanto mais tempo o saquinho de chá fica imerso na água, mais cor e sabor mais intenso ele irá apresentar.
Na Itália, o vinho rosé pode ser obtido de várias maneiras, exceto misturando vinho tinto com vinho branco (esse sistema é usado na França especialmente para Champagne, uma técnica chamada “rosé by blending”).
Método de obtenção da cor rosada:
Mistura de uvas brancas e vermelhas;
Tipos de uva que não tem muita pigmentação na casca;
Deixando por um breve período de tempo o mosto em contato com as cascas de uvas tintas.
Terminada a fermentação é hora de separar o vinho do bagaço, que são prensados até que se retire a sua última gota.
Agora o nosso vinho pode seguir caminhos diferentes… Se escolher o caminho dos tanques de aço, em curto prazo será engarrafado e comercializado. Nessa categoria se produzem vinhos brancos, rosés e tintos jovens e frescos.
Se decidir pegar a rota da madeira, o vinho será “envelhecido em barris” (barris pequenos de carvalho de 225 litros), ou em barris de madeira de vários tamanhos e formas, onde ele vai parar o tempo suficiente para amaciar, se aromatizar e tornar mais equilibrado e complexo.
Agora tudo que nos resta é esperar, é um momento de requinte, a parte mais interessante, o período da maturidade de um vinho, aquilo que dá o seu caráter, enriquecido por aromas, criando um excelente equilíbrio com a fusão de todos os seus componentes. Tempo é dinheiro, mas também grandes vinhos!
O vinho, antes de ser engarrafado, pode ser filtrado, mas atualmente é uma coisa que os grandes produtores estão evitando fazer, isso se deve ao aumento de controle na produção do vinho garantindo uma melhor qualidade.
Finalmente é hora do vinho encontrar seu descanso na garrafa mais adequada, onde ele continuará a sua evolução! 🙂