Uma uva autóctone, que podemos dizer também indígena ou nativa da região da Borgonha, mas que obteve também excelentes resultados na Itália, Hungria, América do Sul e Califórnia.

Além de ser a grande uva tinta da Borgonha, responsável por lendários vinhos como o “La Romanée-Conti”, a Pinot Noir também é a base de muitos espumantes, principalmente o Champagne.

A variedade Pinot Noir é considerada uma uva camaleão, muito sensível às alterações de solo e de clima, podendo apresentar enormes variações entre terroirs e safras diferentes.

Em geral os vinhos feitos dessa uva são muito mais elegantes e generosos do que pesados. Podemos identificar um odor que varia entre o celeiro e estrume, mas depois desse primeiro choque, em uma boa taça de Pinot Noir podemos descobrir frutas como groselha, morangos e as vezes cereja, aromas florais de violeta e rosas, especiarias como canela, orégano, chá verde e quando envelhecido em madeira odores de charuto, couro e etc…

Produz vinhos de ótima acidez com taninos e álcool bem equilibrados e discretos. Na maioria das vezes seu vinho é considerado de corpo médio.

A Pinot Noir é uma das melhores uvas para exemplificar o conceito de terroir, pois ela dá origem a vinhos bastante distintos dependendo de onde é plantada. E isso é uma coisa importante de se ter em mente que uma mesma uva pode expressar características diversas dependendo de onde ela  foi plantada.

Nada de dizer que só gosto de Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot… o mundo dos vinhos esta aí para nos proporcionar prazeres diversos. Cada taça de vinho é uma nova descoberta, aquilo que eu sempre digo é provar pouco de muitos vinhos.

Então praticar muito, saber usar técnicas e movimentos para ajudar na degustação e ter conhecimento, isso tudo faz com que sem que a gente perceba aprecie cada vez mais a bebida dos deuses.

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