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Barolo – O Rei dos Vinhos

Barolo

Barolo é um dos vinhos tintos italianos mais famosos, apreciados e conhecidos em todo o mundo.

Originário de “Cuneo”, uma província na região de Piemonte, norte da Itália, é produzido por um método que combina tradição e sabedoria antiga, e não é por acaso que o Barolo é considerado o “rei dos vinhos” ou o “vinho dos reis”.

Sua zona de produção compreende as cidades de Barolo, Serralunga d’Alba e Castiglione Falletto, e algumas áreas das cidadezinhas de  Monforte d’Alba, Diano D’Alba, La Morra, Roddi, Novello, Verduno, Cherasco e Grinzane Cavour, tendo como referência principal a cidade de Barolo.

Vamos descobrir as principais características deste vinho encorpado e intensamente aromático, onde o seu envelhecimento é a chave do sucesso.

A uva que compõe esse famoso vinho é exclusivamente a Nebbiolo (100%). O nome dessa casta ou cepa pode ser atribuído especificamente a duas características: a primeira é que as uvas amadurecem tarde (normalmente em meados de outubro), no primeiro aparecimento da névoa no outono; em segundo lugar, as cascas são cobertas com uma grossa camada de pruína, substância natural que produz como se fosse um efeito de névoa sobre a cor roxo-azul profundo desses tipos de uva. Névoa traduzindo para o italiano significa “Nebbia”, daí o nome Nebbiolo.nebbiolo - barolo1

O Barolo é um vinho que requer um tempo de envelhecimento, de acordo com o seu disciplinar de produção, o vinho deve passar pelo menos três anos envelhecendo antes de ser comercializado, sendo que no mínimo dois anos em barris de carvalho. Se a vinícola optar por envelhecer seu vinho Barolo por mais de cinco anos, ele poderá ser comercializado como um “Riserva”.

Um vinho de cor vermelho granada que às vezes apresenta reflexos laranja com a evolução do seu envelhecimento, seu aroma é intenso, complexo e muito persistente.

Dependendo do tempo de envelhecimento este vinho apresenta aromas diferentes: enquanto nos vinhos mais jovens dominam as notas florais, como rosas e violetas, e frutados, como amoras e cerejas, em um vinho mais maduro podemos perceber notas de aromas terciários, ou seja, adquiridos com o envelhecimento do vinho, tais como couro, alcatrão e especiarias como canela, pimenta e baunilha.

Na boca, o vinho é austero e encorpado, possui uma persistência significativa: o sabor possui um equilíbrio muito balanceado entre os componentes ácidos e seus taninos. Enquanto nos vinhos jovens sentimos mais os taninos, quando envelhecidos eles tendem a ser mais macios, típicos de vinhos maduros que são mais harmoniosos, apresentando sabores como amora, baunilha, alcaçuz, tabaco e café.

Um vinho indicado no acompanhamento de pratos de carne vermelha, como por exemplo, carne assada ou na brasa, e carnes de caça.  Excelente harmonização com queijos de sabor intenso como o Parmigiano Reggiano e o Grana Padano, e pratos a base de trufas. E não esqueça que sua temperatura de serviço deve estar compreendida entre 18°C e 20°C.

Dada a sua plenitude e intensidade, o vinho Barolo pode ser tranquilamente apreciado como um verdadeiro vinho de meditação. (vinhos mais “perfeitos” que não precisam de um acompanhamento, apesar de poderem ser harmonizados com comidas).

Certamente podemos abrir uma garrafa de Barolo que tenha cinco anos e degustá-la com um imenso prazer, mas para podermos apreciar o auge desse vinho, é preciso esperar pelo menos dez anos, e para aqueles que não têm muito pressa quem sabe 20 anos…  🙂

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